terça-feira, 22 de maio de 2012

Ciro Pessoa na cena roqueira

Cantor e guitarrista já foi do Titãs, mas é bom averiguar seus outros trabalhos


Para quem não é aficionado pelo rock dos anos 80 pode ouvir o nome de Ciro Pessoa e só pensar que ele já pertenceu aos Titãs. Para essas pessoas, é bom enfatizar que o músico fez parte da banda Cabine C.

O Cabine C teve uma vida curta,apenas um ano, mas não menos importante do que o resto dos grupos que circulavam na cena roqueira. Com elementos gótico, a banda, que tocava no underground, teve seu primeiro, e único disco gravado pelo selo RPM Discos, projeto idealizado e administrado por Paulo Ricardo e Luiz Schiavon. 

Chamado Fósforos de Oxford, o álbum contém 11 faixas, sendo uma delas "Tão Perto", a música que fez parte do disco "The Sexual Life of the Savages", uma compilação de músicas do  movimento pós-punk brasileiro, de 2005.

O  fim do Cabine C foi eminente, após a gravação do segundo trabalho de estúdio, que nunca foi lançado. Mas Ciro Pessoa continuou a tocar em outras bandas CPSP (Ciro Pessoa e Seu Pessoal) e Ciro Pessoa & Banda Ventilador.Porém foi em 2003, que o cantor e guitarrista lançou seu primeiro disco solo, " No meio da chuva eu grito Help". Já em 2010, ele lançou seu segundo trabalho da carreira, "Em dia com a Rebeldia"

De Verminose à Magazine

Primeiro compacto do grupo Magazine: 200 mil cópias vendidas

Em meio aos punks ativistas e do subúrbio de São Paulo, estava Antônio Carlos Senefonte, mais conhecido como Kid Vinil, pseudônimo que passou a usar a partir de novembro de 1979, quando estreou como locutor em seu programa na Excelsior FM, que falava sobre as novidades do punk e da new wave. “Não contei para ninguém que estava apresentando o programa, para não parecer blasé com o pessoal da periferia”.

Kid se envolveu com o punk rock ainda quando tocava guitarra no grupo AI-5, uma das primeiras bandas do gênero, em 1978, mesmo ano em que começou a trabalhar na gravadora Continental. Depois que o grupo acabou, Kid formou, junto com Trinkão, colega da gravadora, e Lu Stopa, amigo de Trinkão, a banda Verminose, marcada pelo som rockabilly e punk. Em um dos primeiros shows que o grupo fez no Teatro Lira Paulistana, os punks danificaram parte do local. O motivo seria uma entrevista que Kid deu à revista Veja – os mais radicais adeptos ao movimento pregavam a resistência à imprensa e nunca davam entrevistas.

Depois de conceder entrevista a Veja, Kid Vinil ficou conhecido como o maior traidor do movimento punk e, por vezes, recebeu ameaças de morte. “Nunca fui do tipo revolucionário. Gostava da música punk, mas o discurso não me dizia nada. Sempre me cobraram uma posição política, mas eu queria era entretenimento, o ritmo, o riff”, explicou Kid ao jornalista Ricardo Alexandre, no livro Dias de Luta, de 2002.

O guitarrista da Verminose, Ted Gaz, não queria continuar como uma banda punk e os outros integrantes, inclusive Kid, já estavam desgastados com a sucessão de ameaças que o público punk fazia. O grupo Verminose, então, foi renomeado de Magazine, e o som mudou do punk e rockabilly para a new wave. O Magazine foi marcado pelo humor nas letras e pelos figurinos coloridos e divertidos. 

Paulicéia Desvairada

A vida breve do Paulicéia Desvairada - uma das primeiras danceterias da década de 80


Cada geração elege quais serão os seus ícones e símbolos que irão representá-la. Tais ícones e símbolos são escolhidos porque traduzem o comportamento, ou seja, são a “cara” da geração. Na década de 80 isso não foi muito diferente. Muitas casas noturnas foram abertas e acabaram se tornando esses símbolos.

As casas noturnas passaram a diversificar suas programações e além de abrirem espaço para as bandas, introduziram na noite apresentações e vídeos, performances artísticas, apresentações teatrais e DJs que discotecavam através das pick-ups.

No começo da década de 80, Nelson Motta foi para Nova York visitar Júlio Barroso (futuro fundador do Gang 90 & As Absurdettes) que estava passando uma temporada por lá. Júlio levou Nelson para conhecer o Ritz, uma nova casa noturna da cidade onde se apresentava a banda Kid Creole and the Coconuts, nova sensação de Nova York. Nelson Motta saiu do show extasiado e cheio de ideias. Quando voltou para o Brasil, resolveu abrir uma casa noturna aos moldes do Ritz. Foi atrás de Ricardo Amaral que já era megaempresário da noite paulistana e lhe fez a proposta. Ricardo Amaral topou e assim surgiu o Paulicéia Desvairada.

A Paulicéia Desvairada foi inaugurada no dia 8 de dezembro de 1980, um dia trágico para o rock mundial, dia do assassinato de John Lennon. Júlio Barroso operava a cabine de som e tudo o que rolou de música na festa. Sucesso total. Júlio Barroso, apesar de ser carioca, provavelmente foi o primeiro DJ de São Paulo que se tem conhecimento, pelo menos depois da época das discotecas nas décadas de 60 e 70 e que recebeu essa nomenclatura.

As noites corriam bem e animadas no Paulicéia Desvairada com Júlio Barroso nas pick-ups. Mas com dificuldades financeiras e problemas se acumulando, em menos de um ano o Paulicéia Desvairada fechou suas portas.

Para entender o que é o BRock

O rock brasileiro dos anos 80 ainda dá o que falar para os críticos musicais

Indo direto ao ponto: o BRock é um termo criado pelo jornalista Arthur Dapieve para abarcar o rock brasileiro dos anos 80. Além do rock deste período ter possuído enorme espaço na mídia e os shows se transformarem em estruturas com mega-produção, para críticos e músicos, o rock dos anos 80 produzido no Brasil se distingue das outras décadas por ser uma representação daquela juventude.
“Segundo roqueiros e críticos, o rock foi adotado como principal ‘manifestação jovem’ nos anos 80 devido a influência que a ‘atitude’ do-it-yourself exerceu sobre esta geração” assim descreve o sociólogo Júlio Naves Ribeiro em seu livro Lugar Nenhum ou Bora Bora.


Essa atitude do-it-yourself (faça-você-mesmo), que provém do movimento punk anglo-americano dos anos 70, se ancora numa reação e desprezo aos arranjos musicais e letras mais elaboradas e herméticas do rock progressivo.
“Era um novo rock brasileiro, curado da purple-haze psicodélica-progressiva dos anos 70, livre das letras metafóricas e instrumental state-of-the-art, falando um português claro de coisas comuns ao pessoal de sua própria geração” define Dapieve no seu livro BRock: O rock brasileiro dos anos 80.


É isso ai. Para quem se interessou, aqui foram citadas duas ótimas fontes para entender a importância desse rock brasileiro oitentista.

terça-feira, 15 de maio de 2012

O Rock in Rio transformou o show de rock no Brasil

Em 1985 acontecia o primeiro grande festival internacional de rock no país 


Mesmo ocorrendo lá para as bandas cariocas, o evento do Rock in Rio reconfigurou a estrutura de show perante o país inteiro. Pela primeira vez o país recebeu artistas do pop/rock de renome internacional como James Taylor, Queen, Rod Stewart, Nina Hagen, Yes, Iron Maden, Pretenders, B-52s e AC/DC. Também apresentaram-se os artistas nacionais que emergiram na década de 80, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Blitz, Kid Abelha e Lulu Santos e os roqueiros de outras gerações. O evento teve altíssima repercussão na mídia e foi um divisor de águas para o rock brasileiro.


“O Rock in Rio se tornou a grande coqueluche para a mídia brasileira – a Rede Globo o transmitiu diariamente em versões editadas, com os melhores momentos – e alçou de vez o rock como ‘modismo’ no país.” definiu o sociólogo Julio Naves Ribeiro.
O evento não contou com a participação dos grupos paulistas, mas o rock aumentou ainda mais seu espaço na mídia brasileira e os shows se transformarem em estruturas com mega-produção. A parte ruim: não houve mais espaço para as danceterias e assim elas fecharam. A banda paulista RPM, por exemplo, era tietada por milhares de fãs, com a realização de show enormes e milhões de discos vendidos. 
O vídeo abaixo, uma reportagem especial de 1986, começa com uma qualidade, mas logo melhora a ponto de percebemos a estrutura montada para o RPM:


O que ninguém sabe sobre o Madame Satã

Para entender um pouco mais do porque a casa foi considerada o templo do underground em São Paulo

Já falamos aqui um pouco sobre o Madame Satã em um texto resumido sobre sua existência. Recém lançado, o documentário “Madame Satã – O Importante é Ser Eu e Não o Outro” narra com detalhes e depoimentos o que rolava nas noites da casa, seus principais personagens, histórias e fatos.
Quando Wilson José, Willians Silva, Miriam e Márcia Dutra resolveram montar o então Restaurante Cultural Madame Satã não sabiam da dimensão que o que estavam fundando iria virar. O que era para ser um “restaurante” passou a ter shows, performances artísticas, apresentações teatrais, intervenções, exposições e muito mais. A última coisa que os frequentadores faziam era ir ali para comer.
O Madame Satã conseguia reunir no mesmo ambiente punks, góticos, mods, darks, a galera moderna da new wave, gays, lésbicas, travestis e qualquer outra tribo que surgisse na época.
A década de 80 foi libertadora para a juventude que vinha sendo pressionada por conta da Ditadura Militar instaurada no país, então o momento foi uma explosão para todas as áreas da arte. Não irei prolongar em palavras o que documentário, com ótima trilha sonora, explica.



A identidade do rock paulista dos anos 80

Gang 90 e As Absurdettes: um dos primeiros grupos new wave do Brasil

O que destacava o rock produzido em São Paulo dos outros estados no início dos anos 80 era a mistura de diferentes subgêneros que, juntamente com outros aspectos, formaram a identidade do cenário roqueiro paulista do início década. As bandas paulistas que iniciaram suas atividades entre 1980 e 1981, e ajudaram a caracterizar o rock de São Paulo ao longo da década, foram Gang 90 e As Absurdettes, Agentts, Verminose (que se tornaria Magazine), Azul 29, Voluntários da Pátria e Ira.

Na década de 80, os locais em que as bandas se apresentavam em São Paulo, que se dividiam em discotecas e casas de show, eram a maneira primordial de divulgação das bandas, e constituíam um aspecto especial, que tornava o circuito roqueiro paulista uma ferramenta eficaz de exposição até mesmo para grupos de outros estados do Brasil. Em 1983, por exemplo, o Capital Inicial seguiu os passos das bandas brasilienses Legião Urbana, Finis Africae e Escola de Escândalos, e foi para São Paulo.

Em São Paulo, as bandas frequentavam o circuito formado pelo Teatro Lira Paulistana, porão localizado na Vila Madalena, pela butique Kaos Brasilis, e por bares como Calabar, Pierrô Lunar e Pub Vitória. Em 1984, quando os espaços começaram a não dar mais conta de tantas bandas que surgiam, tampouco do público que queria vê-las de perto, surgiram as danceterias, muitas: Madame Satã, Carbono 14, Rose Bom Bom, Napalm, Rádio Clube, entre outras.  

O tecnopop paulista

Agentts e Azul 29 foram duas bandas que se destacaram
Influenciado por grupos como Devo (EUA) e Kraftwerk (Alemanha), o grupo Agentts produzia sonoridades muito parecidas com as do tecnopop europeu da década de 80. Kodiak Bachine nos teclados e sua vocalização de fonemas que lembravam máquinas, que chamava de “eletrotranzlyrics”.

Assim como o Agentts, o Azul 29 também produzia músicas tecnopop. As duas bandas, assim como Ultraje a Rigor e Ira, chamaram a atenção do produtor Pena Schmidt, que lançou o compacto do Agentss em 1983, com “Professor Digital” e “Cidade Industrial”. Quando o grupo se desfez, no mesmo ano, o guitarrista Eduardo Amarante passou a integrar o Azul 29, que lançou o compacto com “Metrópole” e “Olhar” e, em 1984, outro compacto com “O Teu Nome tem Neon” e “Ciências Sensuais”. 


Vanguarda Paulista o movimento da independência

O movimento que surgiu no final da década de 1970 alavancou a produção musical independente no Brasil

Imagem do logo do Selo do Lira Paulistana
Nascido em 1979, a Vanguarda Paulista foi o nome dado por jornalistas e críticos de música ao processo de independência da música brasileira que durou até 1985, ou seja, os artistas se auto produziam e gravavam os seus próprios LPs, adotando a politica americana "Do It Yourself". Esse processo marca o surgimento de inúmeros selos responsáveis pelo lançamento das bandas que circulavam no circuito underground de São Paulo. 

Os principais selos são o Baratos & Afins e o do Teatro Lira Paulistana, esse último teve mais destaque no processo de gravação, já que também funcionava como palco para as bandas que começavam na carreira artística, ou aquelas que desejavam ficar na cena alternativa, como era o caso das bandas de Punk, como voluntários da pátria e inocentes.  Os principais representantes desse movimento foram, Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção e os grupos Premeditando o Breque e Língua de Trapo. 

sábado, 12 de maio de 2012

Manoel Poladian na cena roqueira


Empresario foi inserido no rock´n´roll após assinar contrato com RPM


Em 1980 muitos nomes foram importantes, e entre eles não poderia ser deixado de lado o do empresário Manoel Poladian. Dentre muitos artistas, Poladian trabalhou com Rita Lee, Roberto Carlos e Ney Matogrosso, este último teve papel importante ao entrelaçar o caminho do empresário e produtor com o da banda paulista liderada por Paulo Ricardo, RPM.


Ao procurar por mais um sucesso, o dono da voz do álbum Sujeito Estranho recomendou ao doutor em direito administrativo uma banda que a pouco fechara contrato com a CBS. O RPM para decolar na carreira precisava de mais visibilidade, o que não estava sendo tão crucial para a gravadora, e foi o que Poladian fez, ofereceu jogos de iluminação, dois caminhões, cenário e todo o resto para um "super show". "Era algo do tipo [faz voz de biliardário]: 'Ah, vocês vão se casar? Então pega ali um dúplex de cobertura mobiliado com home theatre e sauna seca'. A gente pegou", comenta Paulo Ricardo. (ALEXANDRE, Ricardo. Dias de Luta.2002)

Mas apesar de ter um sucesso emplacado nas rádios, "Louras Geladas", a banda ainda precisava de certa produção , e assim Ney Matogrosso aceitou o convite de Poladian para tal feito. O cantor e agora produtor, passava horas diante daqueles garotos por volta dos 20 e poucos anos o que era a postura de palco. O trabalho não foi fácil, já que Ney devia ensina-los a cativar o público, que era muito maior do que eles estavam acostumados a tocar em casas como Madame Satã ou Clash. 

terça-feira, 8 de maio de 2012

RPM na linha contrária


Banda dos anos 1980 teve seu começo de forma diferente das outras, primeiro foi atrás de patrocínio e depois surgiu como grupo musical

Ao contrario de todas as bandas que se tornaram conhecidas, o RPM começou a procura de gravadora antes mesmo de existir.

Na década de 1980, Paulo Ricardo cursava jornalismo na ECA-USP e escrevia artigos para revistas para o polo cultural, na mesma época sua paixão pelo baixo e a vontade de criar uma banda com Luiz Schiavon aumentava a cada dia. E enquanto eram apenas os dois fazendo música, Paulo Ricardo conheceu Marcos Maynard, diretor artístico da gravadora CBS, que ouviu uma fita demo deles, em 1982 Por terem um material ainda em construção, Maynard conclui que a melhor coisa a se fazer era deixar a porta aberta para a dupla quando estes tivessem preparados para uma carreira sólida.

Somente em 1985, é que com Fernando Deluqqui na guitarra, e a ainda participação de P.A Pagni na bateria, é que o RPM conseguiu finalmente sair do anonimato e se tornar uma das bandas mais conhecidas da época, com o lançamento do álbum Revoluções Por Minuto.

terça-feira, 24 de abril de 2012

A vida até parece uma festa, o livro dos Titãs


O livro conta os passos da banda ao longo dos 20 anos de carreira




Capa do livro escrito por Hérica Marmo e Luiz Alzer, e conta a história dos Titãs


 A bibliografia escrita pelos jornalistas Hérica Marmo e Luiz André Alzer, publicado pela editora Record  em 2002, intitulado: "A vida até parece uma festa, toda a história dos Titãs”, narra toda a história de uma das maiores bandas de rock do Brasil.


O livro foi parte do projeto de comemoração dos 20 anos do grupo, formado em 1982, nele são   contados fatos da carreira da banda, como  as brincadeiras,  os momentos em que os integrantes se reuniam para compor e beber, e as adversidades passadas pela banda, entre elas as prisões de Arnaldo Antunes e Tony Belloto, por uso de drogas em 1986, e a morte do guitarrista Marcelo Fromer, num trágico acidente de moto no começo de 2002. Além disso, a bibliografia explica como era o processo de criação das músicas, por exemplo, “Bichos Escrotos”, foi composta depois que Arnaldo, Marcelo e Branco voltavam de uma noite de bebedeira, e enquanto se dirigiam para a casa de Paulo Miklos começaram a cantar e a bombardear as coisas “belas da vida”, como flores e ursinhos de pelúcia. Outro momento marcante que o livro retrata são as brigas entre os integrantes, por exemplo, em 1984, o vocalista Ciro Gomes discutiu com Nado Reis afirmando que Reis não sabia cantar e nem tocar e exigiu que o grupo escolhesse entre ele ou Nando, esse episódio marcou a saída do vocalista.  

O livro custa em torno de R$ 30,00, abaixo o link de onde compra-lo. 




Quando o rock 80 explodiu


A carioca Blitz foi a primeira banda a irromper no cenário nacional

Após apresentações feitas no verão de 1982, no Circo Voador, a banda carioca Blitz, com o ator Evandro Mesquita no vocal, vendeu 100 mil cópias em três meses com a música “Você não soube me amar”. Originalmente composta para uma peça de teatro possuía uma linguagem coloquial, urbana, pop e mais falado do que cantada. Todos os atributos os quais as rádios não tocavam naquela época, mas explodiu e se tornou uma das mais escutadas.


A partir de 82 os grupos de rock tiveram espaço na mídia numa proporção gigantesca. Após as ensaiadas, no ano anterior, do Gang 90 & as Absurdettes; o 1º Festival de Punk de São Paulo; o surgimento da rádio Fluminense FM; e o próprio estouro da Blitz, o rock finalmente se consolida na mídia.
No mesmo ano, outros personagens que seriam futuros fenômenos dos holofotes já estavam se aquecendo. Em São Paulo, numa cena ainda underground, o circuito era alimentado por bandas como Ultraje a Rigor, Ira, Magazine, Agentss, Azul 29 e Voluntários da Pátria.

terça-feira, 17 de abril de 2012

"Nõs Vamos Invadir Sua Praia", o livro




O livro "Nós Vamos Invadir a Sua Praia", lançado no dia 25 de abril de 2011, foi escrito por Andrea Ascenção, e traz a biografia do Ultraje a Rigor.

Levando ao público o começo da banda e as peripécias feitas pelo quarteto durante a década de 1980 até os dias de hoje, o livro também conta curiosidades sobre o nascimento de alguns sucessos da banda como "Inútil, que surgiu quando Roger enquanto tomava banho captava a sonoridade da palavra inútil,  "Marylou" e "Zoraide", que passaram pela censura e tiveram alguns de seus trechos mudados. Além de fotos dos caras de batom depois de se apresentarem no programa do Chacrinha e também do show surpresa feito na marquise do Shopping Top Center, em 1987, para lançar o primeiro álbum do grupo, "Nós Vamos Invadir Sua Praia".

Para falar do Ultraje a Rigor, Andrea não se limitou só a banda, ela se aprofundou na cena jovem que estava acontecendo, não só no Brasil como no mundo inteiro, além de falar sobre a ditadura militar, que ainda rolava na primeira metade da década de 1980, e a mentalidade dos jovens brasileiros da época, a autora relembra a ideologia Do It Yourself entre outras coisas daquela cena roqueira. Por mais que a banda liderada por Roger Moreira faça parte da história do BRock e seja o foco principal, Ascenção não deixou escapar nenhum detalhe do que estava acontecendo fora da vida dos quatro ultrajes, como o nascimento do Ira!, dos Titãs, do RPM, entre outras coisas.

As Mercenárias

Apesar de só terem lançado dois LP's a banda pós-punk feminina teve muito peso para o underground paulista



Em 1983, Sandra Coutinho (baixo), Rosália (vocal), Ana Mach

ado (guitarra) e Edgar Scandurra (bateria), sim ele mesmo e quase ninguém sabe disso, resolveram montar As Mercanárias. O último, dividia-se entre as bandas Smack, As Marcenárias e o ainda embrionário Ira! . Edgar ficou na banda por pouco tempo e logo deu lugar a Lou na bateria, que permaneceria até o fim da banda. O som das Mercenárias para uns é considerados punk e para outros pós-punk, por conta da misturas de influências do punk dos Sex Pistols com outras bandas como Joy Divison, Siouxsie and the Banshees e Slits. Porém, a banda tinha uma identidade própria e o som era muito pesado. As garotas, mesmo com Edgar na banda, que já tinha certo nome no underground, sofriam muito preconceito por ser uma banda feminina.

Começaram a se apresentar em casas noturnas do underground paulista, mais especificamente no Madame Satã, que na época era quase o quintal de sua casa. Ali “As Mercenárias” fizeram seu primeiro show e eram quase uma banda residente da casa.

Mesmo com certo sucesso no cenário underground conseguiram gravar com muita dificuldade seu primeiro LP, “Cade as Armas?” pela Baratos & Afins. O LP trazia os sucessos “Me perco nesse tempo” e “Santa Igreja”. Após o lançamento do compacto e com grande presença de palco, e aprovação da crítica, as Mercenárias começaram a chamar a atenção das grandes gravadoras e lançaram o segundo LP pela EMI, chamado Trashland. Sem maiores explicações a EMI rompreu o contrato com a banda e logos depois o grupo se desfez. Rosária, Ana e Lou abandonaram a carreira musical e Sandra Coutinho foi para Alemanha estudar e trabalhar . Lá, se especializou em produção musical, principalmente na parte eletrônica como arranjos, sequenciadores e samplers. Em 2011 Sandra Coutinho (baixo e vocal) resolveu montar a banda novamente, agora acompanhada pela guitarrista Vanessa Menegaldo e Pitchu Ferraz na bateria e backing-vocals. A banda até agora não produziu nada novo e a promessa é que algo saia em 2012. O jeito é esperar e enquanto isso curtir os hits do passado.

Ratos de Porão, os "trintões" do punk paulista

Uma das primeiras bandas do movimento punk em São Paulo, completa trintas anos de carreira

A formação atual do Ratos de Porão: o baixista Juninho, o guitarrista Jão, o vocalista João Gordo e o baterista Boka

O grupo surgiu no começo da década de 1980, influenciado pelo movimento punk que começava a se expandir pelo Brasil, o conjunto era formado pelo vocalista e guitarrista, João Carlos Molina, (o Jão), seu primo, o baterista Roberto Masseti e o amigo e baixista, Jarbas Alves, (o jabá). O primeiro disco do trio foi lançado em 1984 e chamava-se "Crucificados pelo sistema". O LP é considerado o primeiro álbum individual gravado por uma banda de punk na América Latina. Após a gravação do disco João Gordo entra para a banda e se torna vocalista.

Apesar de circular na cena underground de São Paulo, o quarteto é considerado referência do movimento punk em todo país e em países dos continentes Europeu, da América do Norte e América do Sul. Ao longo dos seus 30 anos de carreira o Ratos de Porão já gravou 13 discos e uma videografia contando a sua história. Atualmente eles se preparam para uma maratona de shows em comemoração aos 30 anos de sucesso.

A primeira banda desse BRock

A banda Gang 90 é considerada a pioneira do rock brasileiro de 80

No início dos anos 80, o jornalista carioca Julio Barroso escrevia de Nova York críticas musicais sobre as novas tendências e, em fevereiro de 1981 escrevera no “Jornal do Disco” sobre a new wave, pela qual era fascinado. Quando voltou ao Brasil Julio realizou uma performance, junto com mais quatro meninas, na Paulicéia Desvairada – casa paulistana onde trabalhava como disc-jóquei – e surgia assim a banda Gang 90 & as Absurdettes.
 Logo após a banda paulista se apresentar no Lira Paulistana, em São Paulo, e no Morro da Urca, no Rio, realizaram um show no festival MPB 81, com o maracanazinho lotado, onde emplacariam a música mais conhecida “Perdidos na selva”. Julio Barroso e a sua banda não explodiram na mídia nacional naquele ano, mas, críticos e músicos consideram a Gang 90 & as Absurdettes pioneira deste BRock. 

Nelson Motta, por exemplo, entende que a banda é a precursora deste novo rock brasileiro por incorporar e levar a um público grande os elementos new wave das bandas nova-iorquinas (mesmo já existindo alguns grupos new wave na praça), as quais Julio Barroso tinha afeição e acabou se tornando uma marca dessa década. Em 6 de julho de 1984, Julio morreu com apenas 30 anos ao cair de um prédio na Santa Cecília.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Kiko Zambianchi: um dos maiores compositores do rock brasileiro

O cantor não estourou como outros artistas do gênero, mas foi um dos ícones dos anos 80

Além do sucesso, Kiko Zambianchi deixou a sua marca no rock brasileiro

O rock brasileiro se estabeleceu definitivamente nos anos 80, deixando de ser considerada uma febre passageira para se tornar parte importante da produção fonográfica nacional. Muitos artistas paulistas fizeram sucesso e se tornaram ícones da época. Foi o caso de Kiko Zambianchi, que nasceu em Ribeirão Preto (SP) e foi para a capital no início daquela década.

Já em seu primeiro lançamento, o LP “Choque”, de 1985, Kiko emplacou três sucessos: a homônima ao disco, “Rolam as Pedras” e “Primeiros Erros”. Um ano depois, o cantor lançou o álbum “Quadro Vivo”, que teve a música “Alguém” na trilha sonora da novela Roda de Fogo, da Rede Globo.

Diversos artistas regravaram as composições de Kiko, como Marina Lima, com “Eu Te Amo Você”, de 1986. Mas a parceria com a banda Capital Inicial durou mais que apenas algumas regravações: em 2000, o grupo brasiliense convidou o compositor a participar de seu álbum acústico, produzido pela MTV. Além disso, no disco “Rosas e Vinho Tinto”, do Capital Inicial, Kiko participou de nove faixas, com maestria, e assinou a pré-produção ao junto a Dinho Ouro Preto.

Apesar de ter decepcionado alguns amantes do rock e, principalmente, alguns beatlemaníacos, ao lançar a versão brasileira de “Hey Jude”, composta pelo ex-beatle Paul McCartney, Kiko Zambianchi é uma inegável referência do rock paulista da década de 80.

O Fim do Mundo, Enfim

Trinta anos depois do Festival, parte das bandas que tocaram na primeira edição consagraram o punk paulista




Já escrevemos aqui no blog um texto sobre a primeira edição do festival realizado em 82, então fomos cobrir o que rolou nesta segunda edição pra contarmos à vocês.

Com curadoria e organização de Clemente Nascimento, o evento foi realizado no mesmo local, o Sesc Pompéia, entre os dias 29 e 31 de março. Boa parte das bandas, ou pelo menos as que se mantiveram ativas nesses últimos trinta anos se apresentaram. Algumas bandas mais recentes também tocaram. O eventou contou com: Os Excluídos, Devotos do Ódio, Inocente, Garotos Podres, Ataque 77 da Argentina, Flicts, Ratos de Porão, Invasores de Cérebro e Questions.

Era para o evento ir até o dia 1º de abril e neste dia, tocariam: Cólera, Olho Seco, Agrotóxico, Restos de Nada, Condutores de Cadáver e Lixomania. Por falta de “estrutura”, neste dia o show seria gratuito, o Sesc anunciou o cancelamento e disse divulgar uma nova data em breve.

Das bandas que tocaram na primeira edição, só o Inocentes e Ratos de Porão se apresentaram na segunda. Não fosse pelo cancelamento do dia 1º de abril, Cólera, Lixomania e Olho Seco também estariam presentes.

Diferente do clima em 82, no evento não rolou nenhum registro de briga entre gangues e frequentadores. Todos que foram, em sua grande maioria, punks e punks acima dos trinta anos, e que estiveram na primeira edição, foram para celebrar o fato do movimento ainda estar vivo na cena musical paulista.

Agora é esperar a divulgação do Sesc Pompéia com a nova data do show cancelado ou o mundo efetivamente acabar esse ano, já que é o que dizem as más línguas.


Abaixo, algumas fotos que o Rock Paulista 80's registrou do evento:



terça-feira, 27 de março de 2012

Inocentes: Um dos porta-vozes do Punk Paulista

A banda, apesar do nome, pode ser considerada uma das culpadas pela explosão do movimento punk em São Paulo


Em 1981, o guitarrista Antônio Carlos Calegari, o baterista Marcelino Gonzales e o baixista Clemente Tadeu Nascimento, todos ex-Restos de Nada, e o novato Maurício, se uniram e formaram a banda Inocentes. Não demorou muito para que a banda ganhasse notoriedade na cena punk paulista e se tornasse uma de suas porta-vozes.

Junto com as bandas Cólera e Olho Seco gravaram o compacto “Grito Suburbano”, o primeiro LP que reuniu exclusivamente bandas punks brasileiras, lançada pelo selo “Punk Rock Discos” em 1982. No mesmo ano, participaram do festival punk “O Inicio do Fim do Mundo”, ocorrido no Sesc Pompéia e já falado anteriormente nesse blog. Em 1983, foram convidados por Fernando Meirelles a participarem do documentário “Garotos do Subúrbio”, ganhando mais destaque ainda, não só na cena punk e underground paulista. O vocalista, Clemente Nascimento, explica em uma frase de seu manifesto de 82 o objetivo do grupo e aproveita para alfinetar a conhecida e prestigiada da época “Vanguarda Paulista”:

“Estamos aqui para revolucionar a música popular brasileira, para pintar de negro a Asa Branca, atrasar o Trem das Onze, pisar sobre as flores de Geraldo Vandré e fazer da Amélia uma mulher qualquer.”

Tudo seguiu conforme planejado no inicio. O Inocentes nunca se venderam ao sistema e sempre permaneceram na cena musical independente. Porém, não menos fraca. Em 1995, a banda muda sua formação que permanece a mesma até hoje. Anselmo Monstro no baixo, Clemente Nascimento na voz e guitarra, Nonô na bateria e Ronaldo Passos na guitarra. Em 2001 comemoraram 20 anos de sucesso e gravaram um disco ao vivo no Sesc Pompéia, batizado 20 Anos ao Vivo. No ano passado, comemoração dos 30 anos da banda relançaram os três primeiros álbuns e começaram a gravar um documentário de nome surpresa por enquanto. O grupo irá participar da segunda edição do festival que aconteceu em 1982 no Sesc Pompéia e agora batizado como “ O Fim do Mundo, Enfim” ainda essa semana. O Rock Paulista 80’s acompanhará o show e trará as novidade na próxima semana.

Abaixo, vídeo da música Garotos do Subúrbio:

http://www.youtube.com/watch?v=_emapy6eXJM&feature=fvst

Da finada 89 FM A Rádio Rock à Fast 89 FM

A rádio paulista deixou muita gente carente quando se tornou a rádio pop


Nascimento em dezembro de 85 e óbito oficial em julho de 2006. Este é o ano da transgressão de uma rádio rock para uma rádio pop, hoje nomeada Fast 89 FM. A velha 89 ficou marcada, juntamente com a rádio Fluminense FM, por ser uma das precursoras a tocar rock. Em São Paulo, sua principal concorrente era a 97 FM, cuja não tinha a mesma amplitude. A 89 Rádio Rock alcançava as cidades do interior Sorocaba e Campinas, e ainda tinha retransmissoras até em outros estados. Ainda mais: se potencializara num símbolo de uma geração. Se quisesse ouvir rock era só ligar na frequência 89,1.


Alguns dizem que a rádio sempre foi conforme a correnteza, criticando-a por desde o início tocar o som conforme o mercado, e por isso mais tarde, com a perda de audiência, tenha definitivamente assumido este lado comercial. O fato é que sendo comercial ou não, sua marca ficou na mente de muitos roqueiros, com programas como Comando Metal e Pressão Total. Afinal, eram milhares de carros rodando com o adesivo da 89.


O clássico adesivo da antiga rádio

Em 2006, perdendo para a concorrência em seus últimos anos de vida, ocorre a mudança de direção. São demitidos locutores e a programação muda. O nome da rádio perde a expressão “A Rádio Rock” e logo ganha a atual “Fast”. Começa-se a tocar o black music e o dance music. O que ficou foi a nostalgia.

Hoje a Kiss FM(102,1) é a rádio rock de São Paulo, voltada ao público do rock clássico. Mas uma retransmissora da extinta 89 continua em Santos: a 98 A Rádio Rock, com programas como o Arquivo do Rock, que deixava muita gente com o ouvido grudado ao aparelho de som. Abaixo segue um pouco do que seria o programa.


IRA! O fim da banda




Uma das maiores bandas de rock do Brasil, encerra suas atividades após 25 anos de carreira

Os integrantes da Banda Ira!, Nasi, Edgard Scandurra, Fábio Scatone e Adilson Fajardo

No inicio de setembro de 2007 o grupo anunciou o seu fim, após uma série de divergências entre o vocalista Nasi e o seu irmão e empresário Airton Valadão. A briga foi causada por divergências contratuais e o anúncio feito por Nasi durante um show que a banda ficaria um ano de férias , indo contra a vontade de Airton, que queria que a banda continuasse fazendo apresentações pelo Brasil.

Formada no começo da década de 1980, a banda paulista de rock IRA!, se tornou uma das maiores referências musicais no Brasil. Com um estilo musical baseado no punk rock e bandas famosas e o nome inspirado no movimento homônimo irlandês o grupo formado por Nasi, Edgard Scandurra, Fábio Scatone e Adilson Fajardo, lançando o seu primeiro disco, "Mudança de comportamento", em 1985, mas o sucesso viria no ano seguinte com a estréia do LP, "Vivendo e não aprendendo". Após esse disco o grupo não parou mais lançando 16 álbuns e se tornou referência no rock nacional.

O Ultraje ultrapassando barreiras


A banda que começou em São Paulo ganhou visibilidade e fama nacional a partir de sua apresentação no programa do Chacrinha

“Rock é estrada”, disse o empresário Cacá Prates ao guitarrista Carlinhos, do Ultraje a Rigor. E de fato era verdade. Os quatro integrantes da banda paulista aprenderam isso logo depois que se apresentaram no programa “O Cassino de Chacrinha”, transmitido pela rede Globo aos sábados para todo o Brasil, e começaram a fazer diversos shows por várias capitais, começado pelo Sul e indo em direção ao Centro Oeste do país.

Por causa da visibilidade nacional que ganharam no programa, os ultrajes foram reconhecidos nas ruas e ganharam mais shows. O que na cabeça deles em uma apresentação teria mil pessoas no máximo, a partir daquele momento começou a ter casas lotadas e fãs tentando assisti-los de qualquer maneira, quebrando  e entrando por qualquer brecha por segurança ou afins.

De acordo com o líder da banda, Roger, ser atração em Recife foi algo surreal já que em “um show só nós botamos 17 mil pessoas num lugar, estava lotado”. Outra viagem que lhe marcou a memória foi a Ilhéus, Bahia, em que os quatro integrantes foram recebidos devidamente como Rock Stars, com dezenas de pessoas os aguardando com histeria.

E a tendência só foi crescer, já que depois em uma semana de vendas do primeiro álbum da carreira “Nós Vamos Invadir sua Praia”, o Ultraje vendeu 70 mil cópias, e na segunda semana batia a linha dos 500 mil.

terça-feira, 20 de março de 2012

A volta do RPM aos palcos

A banda que começou nos anos 1980, mas que voltou com a mesma potência de antes


RPM, da esquerda para a direita: Paulo P.A, Luiz Schiavon, Paulo Ricardo e  Fernando Deluqui

Revoluções Por Minuto é o significado de RPM, a banda que surgiu em 1980 com a união de Luiz Schiavon, até aquele momento um pianista clássico, mas decidido a tentar outro ritmo, um pouco mais popular, e o crítico musical Paulo Ricardo. Depois de juntarem sua paixão, alguns músicos foram convidados a participar da banda como o jovem baterista Moreno Junior, que foi impedido de fazer shows com o restante do grupo por ter apenas 15 anos, e Charles Gavin, que saiu para integrar os Titãs e foi substituído por Paulo P.A Pagni, e o guitarrista Fernando Deluqui.

Diferente do que estava sendo apresentado por outros conjuntos da cena roqueira, o RPM apostou num rock com letras românticas e batidas sintéticas, sendo um dos primeiros hits “Olhar 43”.   O álbum de estreia ganhou o nome da banda e teve como principais singles  “Juvenilia” , “Louras Geladas”, que já tinham estourado nas paradas antes mesmo do disco chegar a público, “Rádio Pirata”, “A Cruz e a Espada” e “Revoluções Por Minutos”.

Depois de explodirem na careira, os quatro integrantes resolveram expor a público o final do grupo em 1987. Porém os fãs foram recompensados com a tristeza causada pelo término, em 2001 todos eles se uniram novamente para mostrar ao público que o RPM estava na ativa novamente desde então foi gravado dois álbuns e DVDs ao vivo e em 2011 foi lançado o sucessor de "Paulo Ricardo & RPM", "Elektra", facilmente de ser reconhecido pelos seguidores por causa do ritmo, das letras e também pela rouquidão de Paulo Ricardo.

Assista abaixo o clipe do primeiro single do álbum "Elektra", "Olhos Verdes".


Cabeça Dinossauro: o clássico dos Titãs

O álbum mais político-social da banda ainda é referência do rock nacional 

Capa do CD "Cabeça Dinossauro" (Divulgação)

Lançado em 1986, o álbum “Cabeça Dinossauro”, da banda paulista Os Titãs, conseguiu não apenas levar ao grupo seu primeiro disco de ouro, mas também garantiu que o sucesso desta produção se mantivesse até os dias de hoje.

A crítica político-social, que se relacionava diretamente com o movimento punk nacional, é um marco na carreira da banda. As letras ácidas de “Bichos Escrotos”, “Polícia” e “Homem Primata”, compostas pelos integrantes originais do grupo, ainda são referências para outras bandas de rock no Brasil. Afinal, das 13 faixas que compunham o CD, 11 foram executadas nas rádios brasileiras.

Prova disso foi o show que Os Titãs fizeram no SESC Belenzinho, no último sábado (17). Os ingressos para a apresentação especial do álbum “Cabeça Dinossauro” se esgotaram em poucas horas. Além disso, o grupo se surpreendeu com a repercussão do evento, que marcou uma boa nostalgia para a “plateia natal” da banda paulista.


terça-feira, 13 de março de 2012

32 anos de Ultraje a Rigor

Mesmo com formação diferente, o quarteto segue sua carreira sem grandes sucessos desde a década de 1990, mas com a mesma paixão dos anos 1980


Ultraje a Rigor: 1ª formação


O Ultraje a Rigor ficou conhecido em 1983, três anos depois do inicio da banda, com os singles “Inútil” e “Mim Quer Tocar”, que contêm letras provocativas a forma das pessoas preferirem a alienação assim como a maior parte de suas composições. As duas canções estão no primeiro álbum do grupo, “Nós Vamos Invadir Sua Praia”, de 1985, que fez com que os caras estourassem nas paradas brasileiras e também foi o primeiro a receber disco de ouro e platina na história do rock nacional.

Com seis álbuns de estúdio na carreira, a banda, liderada por Roger Moreira, existe até hoje, mas de todos os quatro integrantes apenas o vocalista e líder é que se manteve nesses 32 anos. As ocupações de Leonardo Galasso, na bateria, Sílvio, no baixo e Edgard Scandurra, na guitarra, hoje pertencem a Mingau, no baixo, Bacalhau, na bateria, e Marcos Kleine, na guitarra. 


Ultraje a Rigor: formação atual

Atualmente os quatro integrantes participam do programa do apresentador Danilo Gentili, Agora é Tarde, como banda fixa. Apesar de não terem lançado mais nenhum disco de inéditas desde "Os Invisíveis", de 2002, o quarteto ainda roda todo o país fazendo shows e animando todos os seus fãs da mesma maneira que faziam nos anos 1980.



As melhores de Rita Lee nos anos 80

A cantora lançou alguns de seus maiores hits na década

Rita Lee no início dos anos 80 (Divulgação)
Uma das maiores representantes do rock brasileiro, Rita Lee começou sua carreira na irreverente banda Os Mutantes, ao lado dos irmãos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, na segunda metade dos anos 60.

Sempre com cabelos ruivos, a cantora paulista fez uma trajetória invejável na música brasileira, tanto com os grupos que formou, quanto em sua carreira solo, direcionada mais para o lado pop. Na década de 80, Rita Lee lançou alguns dos seus maiores sucessos que, sem dúvida, marcaram época.

A música “Lança Perfume”, por exemplo, teve tanto alcance que chegou a ser gravada em francês e inglês. Com composição assinada por Rita Lee e seu marido, Roberto de Carvalho, a canção polemizou devido à letra sensual e por fazer apologia à droga homônima.

Um dos hinos da cantora, “Desculpe o Auê” foi lançada em 1983. Esse pedido de desculpas de uma ciumenta apaixonada fez tanto sucesso que ficou indispensável às setlists dos shows da cantora.

Por último, não é justo deixar de fora as românticas e sensuais “Caso Sério” e “Banho de Espuma” (Roberto de Carvalho/Caetano Veloso). Essas músicas mostram uma das principais características nas composições de Rita Lee: o erotismo presente nas letras.


Titãs: Um dos gigantes do Rock brasileiro

Uma das bandas de rock mais famosas e influentes do Brasil, os Titãs são os "Dinossauros do Rock" nacional

A primeira formação dos titãs, na década de 80 

O grupo Titãs é uma das bandas de rock mais famosas e influentes do cenário musical brasileiro, seu surgimento foi no final da década de 70, numa das escolas mais populares de São Paulo, a Elite, aonde todos os integrantes estudavam. Originalmente a banda tinha o nome de Titãs do Iê – Iê, porém o nome foi alterado devido à confusão que ele causava, pois os apresentadores e fãs pronunciavam Titãs do Iê – Iê – Iê, fazendo referencia ao movimento homônimo dos anos 60.


Formação atual do Titãs: Paulo Miklos, Sérgio Britto, Tony Belloto e Branco Mello


O primeiro show foi em 1982, no SESC Pompéia, porém o primeiro disco só foi lançado em 1984, com o titulo fazendo referencia ao nome do grupo. Logo de cara o álbum foi um sucesso, e também lançou um dos maiores sucessos do grupo “Sonifera Ilha”. Depois disso foi uma sequencia de sucessos e prêmios para o noneto mais famoso do país, naquela época os integrantes eram Arnaldo Antunes, Branco Mello, Marcelo Fromer, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto, Tony Belloto, Ciro Pessoa e André Jung. Atualmente o grupo conta somente com quatro pessoas são elas, Branco Mello, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Tony Belloto.

Ao longo de quase 30 anos de carreira, os Titãs já lançaram mais de 15 discos e ganharam muitos prêmios. Atualmente eles se preparam para lançar o disco de comemoração de 30 anos, que contará com os maiores sucessos, como por exemplo, “Marvin”, “Familia”, “Policia”, “Epitáfio”, entre outros e composições inéditas.