Os grandes acontecimentos do rock paulista dos anos 80 em textos escritos por seis aspirantes à jornalistas.
terça-feira, 22 de maio de 2012
Ciro Pessoa na cena roqueira
De Verminose à Magazine
Primeiro compacto do grupo Magazine: 200 mil cópias vendidas |
Paulicéia Desvairada
A vida breve do Paulicéia Desvairada - uma das primeiras danceterias da década de 80
Cada geração elege quais serão os seus ícones e símbolos que irão representá-la. Tais ícones e símbolos são escolhidos porque traduzem o comportamento, ou seja, são a “cara” da geração. Na década de 80 isso não foi muito diferente. Muitas casas noturnas foram abertas e acabaram se tornando esses símbolos.
As casas noturnas passaram a diversificar suas programações e além de abrirem espaço para as bandas, introduziram na noite apresentações e vídeos, performances artísticas, apresentações teatrais e DJs que discotecavam através das pick-ups.
No começo da década de 80, Nelson Motta foi para Nova York visitar Júlio Barroso (futuro fundador do Gang 90 & As Absurdettes) que estava passando uma temporada por lá. Júlio levou Nelson para conhecer o Ritz, uma nova casa noturna da cidade onde se apresentava a banda Kid Creole and the Coconuts, nova sensação de Nova York. Nelson Motta saiu do show extasiado e cheio de ideias. Quando voltou para o Brasil, resolveu abrir uma casa noturna aos moldes do Ritz. Foi atrás de Ricardo Amaral que já era megaempresário da noite paulistana e lhe fez a proposta. Ricardo Amaral topou e assim surgiu o Paulicéia Desvairada.
A Paulicéia Desvairada foi inaugurada no dia 8 de dezembro de 1980, um dia trágico para o rock mundial, dia do assassinato de John Lennon. Júlio Barroso operava a cabine de som e tudo o que rolou de música na festa. Sucesso total. Júlio Barroso, apesar de ser carioca, provavelmente foi o primeiro DJ de São Paulo que se tem conhecimento, pelo menos depois da época das discotecas nas décadas de 60 e 70 e que recebeu essa nomenclatura.
As noites corriam bem e animadas no Paulicéia Desvairada com Júlio Barroso nas pick-ups. Mas com dificuldades financeiras e problemas se acumulando, em menos de um ano o Paulicéia Desvairada fechou suas portas.
Para entender o que é o BRock
É isso ai. Para quem se interessou, aqui foram citadas duas ótimas fontes para entender a importância desse rock brasileiro oitentista.
terça-feira, 15 de maio de 2012
O Rock in Rio transformou o show de rock no Brasil
O que ninguém sabe sobre o Madame Satã
A identidade do rock paulista dos anos 80
Gang 90 e As Absurdettes: um dos primeiros grupos new wave do Brasil |
O tecnopop paulista
Vanguarda Paulista o movimento da independência
Imagem do logo do Selo do Lira Paulistana |
sábado, 12 de maio de 2012
Manoel Poladian na cena roqueira
terça-feira, 8 de maio de 2012
RPM na linha contrária
terça-feira, 24 de abril de 2012
A vida até parece uma festa, o livro dos Titãs
Capa do livro escrito por Hérica Marmo e Luiz Alzer, e conta a história dos Titãs |
Quando o rock 80 explodiu
terça-feira, 17 de abril de 2012
"Nõs Vamos Invadir Sua Praia", o livro
O livro "Nós Vamos Invadir a Sua Praia", lançado no dia 25 de abril de 2011, foi escrito por Andrea Ascenção, e traz a biografia do Ultraje a Rigor.
Levando ao público o começo da banda e as peripécias feitas pelo quarteto durante a década de 1980 até os dias de hoje, o livro também conta curiosidades sobre o nascimento de alguns sucessos da banda como "Inútil, que surgiu quando Roger enquanto tomava banho captava a sonoridade da palavra inútil, "Marylou" e "Zoraide", que passaram pela censura e tiveram alguns de seus trechos mudados. Além de fotos dos caras de batom depois de se apresentarem no programa do Chacrinha e também do show surpresa feito na marquise do Shopping Top Center, em 1987, para lançar o primeiro álbum do grupo, "Nós Vamos Invadir Sua Praia".
As Mercenárias
Em 1983, Sandra Coutinho (baixo), Rosália (vocal), Ana Mach
ado (guitarra) e Edgar Scandurra (bateria), sim ele mesmo e quase ninguém sabe disso, resolveram montar As Mercanárias. O último, dividia-se entre as bandas Smack, As Marcenárias e o ainda embrionário Ira! . Edgar ficou na banda por pouco tempo e logo deu lugar a Lou na bateria, que permaneceria até o fim da banda. O som das Mercenárias para uns é considerados punk e para outros pós-punk, por conta da misturas de influências do punk dos Sex Pistols com outras bandas como Joy Divison, Siouxsie and the Banshees e Slits. Porém, a banda tinha uma identidade própria e o som era muito pesado. As garotas, mesmo com Edgar na banda, que já tinha certo nome no underground, sofriam muito preconceito por ser uma banda feminina.
Começaram a se apresentar em casas noturnas do underground paulista, mais especificamente no Madame Satã, que na época era quase o quintal de sua casa. Ali “As Mercenárias” fizeram seu primeiro show e eram quase uma banda residente da casa.
Mesmo com certo sucesso no cenário underground conseguiram gravar com muita dificuldade seu primeiro LP, “Cade as Armas?” pela Baratos & Afins. O LP trazia os sucessos “Me perco nesse tempo” e “Santa Igreja”. Após o lançamento do compacto e com grande presença de palco, e aprovação da crítica, as Mercenárias começaram a chamar a atenção das grandes gravadoras e lançaram o segundo LP pela EMI, chamado Trashland. Sem maiores explicações a EMI rompreu o contrato com a banda e logos depois o grupo se desfez. Rosária, Ana e Lou abandonaram a carreira musical e Sandra Coutinho foi para Alemanha estudar e trabalhar . Lá, se especializou em produção musical, principalmente na parte eletrônica como arranjos, sequenciadores e samplers. Em 2011 Sandra Coutinho (baixo e vocal) resolveu montar a banda novamente, agora acompanhada pela guitarrista Vanessa Menegaldo e Pitchu Ferraz na bateria e backing-vocals. A banda até agora não produziu nada novo e a promessa é que algo saia em 2012. O jeito é esperar e enquanto isso curtir os hits do passado.
Ratos de Porão, os "trintões" do punk paulista
A primeira banda desse BRock
terça-feira, 3 de abril de 2012
Kiko Zambianchi: um dos maiores compositores do rock brasileiro
Além do sucesso, Kiko Zambianchi deixou a sua marca no rock brasileiro |
O Fim do Mundo, Enfim
Já escrevemos aqui no blog um texto sobre a primeira edição do festival realizado em 82, então fomos cobrir o que rolou nesta segunda edição pra contarmos à vocês.
Com curadoria e organização de Clemente Nascimento, o evento foi realizado no mesmo local, o Sesc Pompéia, entre os dias 29 e 31 de março. Boa parte das bandas, ou pelo menos as que se mantiveram ativas nesses últimos trinta anos se apresentaram. Algumas bandas mais recentes também tocaram. O eventou contou com: Os Excluídos, Devotos do Ódio, Inocente, Garotos Podres, Ataque 77 da Argentina, Flicts, Ratos de Porão, Invasores de Cérebro e Questions.
Era para o evento ir até o dia 1º de abril e neste dia, tocariam: Cólera, Olho Seco, Agrotóxico, Restos de Nada, Condutores de Cadáver e Lixomania. Por falta de “estrutura”, neste dia o show seria gratuito, o Sesc anunciou o cancelamento e disse divulgar uma nova data em breve.
Das bandas que tocaram na primeira edição, só o Inocentes e Ratos de Porão se apresentaram na segunda. Não fosse pelo cancelamento do dia 1º de abril, Cólera, Lixomania e Olho Seco também estariam presentes.
Diferente do clima em 82, no evento não rolou nenhum registro de briga entre gangues e frequentadores. Todos que foram, em sua grande maioria, punks e punks acima dos trinta anos, e que estiveram na primeira edição, foram para celebrar o fato do movimento ainda estar vivo na cena musical paulista.
Agora é esperar a divulgação do Sesc Pompéia com a nova data do show cancelado ou o mundo efetivamente acabar esse ano, já que é o que dizem as más línguas.
Abaixo, algumas fotos que o Rock Paulista 80's registrou do evento:
terça-feira, 27 de março de 2012
Inocentes: Um dos porta-vozes do Punk Paulista
Em 1981, o guitarrista Antônio Carlos Calegari, o baterista Marcelino Gonzales e o baixista Clemente Tadeu Nascimento, todos ex-Restos de Nada, e o novato Maurício, se uniram e formaram a banda Inocentes. Não demorou muito para que a banda ganhasse notoriedade na cena punk paulista e se tornasse uma de suas porta-vozes.
Junto com as bandas Cólera e Olho Seco gravaram o compacto “Grito Suburbano”, o primeiro LP que reuniu exclusivamente bandas punks brasileiras, lançada pelo selo “Punk Rock Discos” em 1982. No mesmo ano, participaram do festival punk “O Inicio do Fim do Mundo”, ocorrido no Sesc Pompéia e já falado anteriormente nesse blog. Em 1983, foram convidados por Fernando Meirelles a participarem do documentário “Garotos do Subúrbio”, ganhando mais destaque ainda, não só na cena punk e underground paulista. O vocalista, Clemente Nascimento, explica em uma frase de seu manifesto de 82 o objetivo do grupo e aproveita para alfinetar a conhecida e prestigiada da época “Vanguarda Paulista”:
“Estamos aqui para revolucionar a música popular brasileira, para pintar de negro a Asa Branca, atrasar o Trem das Onze, pisar sobre as flores de Geraldo Vandré e fazer da Amélia uma mulher qualquer.”
Tudo seguiu conforme planejado no inicio. O Inocentes nunca se venderam ao sistema e sempre permaneceram na cena musical independente. Porém, não menos fraca. Em 1995, a banda muda sua formação que permanece a mesma até hoje. Anselmo Monstro no baixo, Clemente Nascimento na voz e guitarra, Nonô na bateria e Ronaldo Passos na guitarra. Em 2001 comemoraram 20 anos de sucesso e gravaram um disco ao vivo no Sesc Pompéia, batizado 20 Anos ao Vivo. No ano passado, comemoração dos 30 anos da banda relançaram os três primeiros álbuns e começaram a gravar um documentário de nome surpresa por enquanto. O grupo irá participar da segunda edição do festival que aconteceu em 1982 no Sesc Pompéia e agora batizado como “ O Fim do Mundo, Enfim” ainda essa semana. O Rock Paulista 80’s acompanhará o show e trará as novidade na próxima semana.
Abaixo, vídeo da música Garotos do Subúrbio:
Da finada 89 FM A Rádio Rock à Fast 89 FM
O clássico adesivo da antiga rádio |
IRA! O fim da banda
O Ultraje ultrapassando barreiras
terça-feira, 20 de março de 2012
A volta do RPM aos palcos
RPM, da esquerda para a direita: Paulo P.A, Luiz Schiavon, Paulo Ricardo e Fernando Deluqui |
Cabeça Dinossauro: o clássico dos Titãs
Capa do CD "Cabeça Dinossauro" (Divulgação) |
terça-feira, 13 de março de 2012
32 anos de Ultraje a Rigor
Ultraje a Rigor: 1ª formação |
O Ultraje a Rigor ficou conhecido em 1983, três anos depois do inicio da banda, com os singles “Inútil” e “Mim Quer Tocar”, que contêm letras provocativas a forma das pessoas preferirem a alienação assim como a maior parte de suas composições. As duas canções estão no primeiro álbum do grupo, “Nós Vamos Invadir Sua Praia”, de 1985, que fez com que os caras estourassem nas paradas brasileiras e também foi o primeiro a receber disco de ouro e platina na história do rock nacional.
As melhores de Rita Lee nos anos 80
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Sempre com cabelos ruivos, a cantora paulista fez uma trajetória invejável na música brasileira, tanto com os grupos que formou, quanto em sua carreira solo, direcionada mais para o lado pop. Na década de 80, Rita Lee lançou alguns dos seus maiores sucessos que, sem dúvida, marcaram época.
Titãs: Um dos gigantes do Rock brasileiro
A primeira formação dos titãs, na década de 80 |
Formação atual do Titãs: Paulo Miklos, Sérgio Britto, Tony Belloto e Branco Mello |