A trilha sonora
dos anos 1980 veio de fora, mas criou características próprias
É difícil medir o impacto que certas coisas têm sobre
outras, principalmente quando temos que falar de uma década inteira. E o foco
aqui é 1980. Mas o que este período tem demais? Ou
que tem de peculiar
em relação a outras décadas do século XX? A resposta é tudo e nada.
Os anos 80 foram o ápice das mudanças na sociedade – diversas manifestações
culturais fizeram com que esses dez anos se tornassem diferentes de tudo aquilo que os
brasileiros já haviam vivenciado. E as principais fontes de alteração no
cotidiano das pessoas,
provavelmente, foram
o fim da ditadura militar, que cessou em 1985, e a influência de várias culturais
estrangeiras por meio de
filmes, músicas e arte em geral, que tomou conta do dia a dia na vida dos
jovens.
Em um curto período, nomes como The Cure, The Smiths e The
Clash invadiram as pistas das baladas e também incentivaram o nascimento de
bandas como Paralamas do
Sucesso, Titãs, Engenheiros do Havaí e muitos outros no Brasil. A expansão do Rock pôde ser ouvida em todas
as partes do país e criou diferentes vertentes: em Brasília, havia grupos como Aborto
Elétrico, que cantavam a política; no Rio de Janeiro, as coisas tolas viravam brincadeira nas vozes
de Paula Toller, líder do Kid Abelha, e de Evandro Mesquita, linha de frente da Blitz. Em
São Paulo a coisa se misturava, assuntos sérios eram expressados por vozes zombeteiras, como a música “Inútil”, do Ultraje a Rigor.
Veja o clipe da música "Você Não Soube Me Amar", da Blitz, de 1982, que iniciou o estoro do rock nacional nas rádios e a expansão do movimento. Em seguida assista "Inútil", do Ultraje a Rigor, de 1984.
Cuidado com os erros de digitação.
ResponderExcluirMelhore o título. Este não diz nada.